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Para evitar a deportaçãoGoverno dos Açores apela à naturalização
![]() Graça Castanho Ponta Delgada - O Governo Regional dos Açores lançou ontem o programa LEGAL para alertar as comunidades emigrantes nos EUA e Canadá para a necessidade de se naturalizarem como forma de evitar uma eventual deportação desses países, onde residem muitos açorianos. «O que queremos é fazer chegar a informação de forma direta, sem pressionar ninguém, sem apontar o dedo a ninguém. Queremos mostrar às pessoas que há motivos para que tomem medidas urgentes», afirmou Graça Castanho, diretora regional das Comunidades. Graça Castanho, que falava aos jornalistas em Ponta Delgada na apresentação do LEGAL (Legalization Effort of the Government of the Azores and Logistics), salientou que o maior problema que este programa pretende combater é a falta de informação que ainda existe nas comunidades emigrantes. «Durante muitos anos, havia quem acreditasse que a naturalização seria uma traição à pátria, outros pensam que, sendo o pai e a mãe naturalizados, os filhos também seriam automaticamente, outros ainda pensam que tendo o «green card» (cartão de autorização de residência) isso afasta a deportação», salientou. Para Graça Castanho, «é esta desinformação que se pretende desconstruir, avisando as pessoas que podem ser deportadas (se não estiverem naturalizadas), às vezes até por um pequeno incidente com a polícia ou porque deixaram caducar o «green card» e vão pedir a renovação». A diretora regional das Comunidades admitiu que não existe uma estimativa oficial dos emigrantes açorianos nos EUA e Canadá que estão devidamente legalizados mas ainda não pediram a naturalização, frisando a importância do programa LEGAL para os sensibilizar nesse sentido. Para ajudar a identificar alguns dos problemas que têm que ser ultrapassados, está de visita aos Açores o xerife de Bristol County, Thomas Hodgson, que é responsável por um centro de detenção por onde passam muitos dos que são deportados para os Açores. «Esta visita permitiu fazer o levantamento das dificuldades e da desinformação que existe nas comunidades emigrantes e que atrasa processo de naturalização», afirmou Graça Castanho. Nesse sentido, os dados recolhidos vão integrar o material de apoio ao programa LEGAL que será distribuído nas comunidades emigrantes para os alertar que é «extremamente importante avançar para o processo de naturalização». «O único caminho para evitar a deportação é a naturalização», frisou, adiantando que, ao contrário de uma ideia que se generalizou, a maioria dos deportados não chega aos Açores devido a problemas com a justiça. Graça Castanho salientou que «a deportação é como uma doença, pelo que não faz sentido tratar apenas a doença e esquecer a sua prevenção», acrescentando que é esse o objetivo do programa LEGAL, que as autoridades açorianas pretendem que chegue a todos os emigrantes nos EUA e Canadá. |
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