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Médico: Abusador pode exercer
![]() O Conselho Disciplinar do Sul da Ordem dos Médicos não suspendeu o médico Alcídio Rangel, acusado de abusar de doentes no Hospital de Santa Marta, em Lisboa, optando por «proceder a diligências instrutórias junto do DIAP para elaborar um eventual despacho de acusação». O médico pode, assim, continuar a exercer no privado - como escrevia há dias o Correio da Manhã, de Lisboa O Dr. Alcídio Rangel, de 61 anos, que era cirurgião cardiovascular no Hospital de Santa Marta foi demitido da função pública em 2010, na sequência de uma investigação da Inspeção-geral das Atividades em Saúde (IGAS) que se iniciou em 2006. Segundo as informações veiculadas pelos jornais, o processo foi desencadeado há cerca de dois anos por uma paciente, que depois de uma consulta apresentou queixa ao Hospital de Santa Marta, em Lisboa, acusando o médico de conduta e comportamento abusivo e ultrajante. No entanto já tinham sido anteriormente referenciadas algumas outras queixas apresentadas àqueles serviços por outras mulheres também utentes. O cardiologista pedia às utentes que se despissem, servindo-se do pretexto da necessidade de ter de fazer uma observação mais rigorosa e depois encostava-se ao corpo nu das doentes. Em dois dos casos noticiados chegou mesmo a «assediar» uma enfermeira que também o denunciou à direção do hospital. Alcídio Rangel trabalhou também para a Federação Portuguesa de Futebol (desde 1988 e até bem pouco tempo) e inclusive trabalhou com a Seleção Feminina e as camadas jovens, segundo a reportagem da RTP1. Até então eram apenas conhecidas cinco vítimas. A investigação conduzida pela Inspeção-geral das Atividades em Saúde constatou que o médico faltoso apalpou a vagina e beliscou os seios às suas pacientes entre outros atos de assédio sexual e concluiu pela culpabilidade do médico, defendendo a sua suspensão do Serviço Nacional de Saúde. Tal como tem sido noticiado na imprensa escrita diária e noutros meios de comunicação, os abusos deste indivíduo eram já do conhecimento da Ordem dos médicos desde 2008. A Polícia Judiciaria tem estado a fazer a despistagem (ou seja a averiguação) das cerca de 200 mulheres que terão sido operadas por este médico entre 2008 e 2009 para saberem quais as que foram abusadas por ele. |
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